quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Roberto Carlos e o processo contra a Friboi

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Roberto Carlos e o processo contra a Friboi: propaganda, litígio e publicidade para leigos.

Roberto Carlos e o processo contra a Friboi
Roberto Carlos seria um dinossauro herbívoro e a agência publicitária - na falta de um Tiranossauro Rex com tamanha popularidade - preferiu fazer uma campanha de dissuasão. Sugerir a anônimos que a conversão de um "vegetariano" famoso daria familiaridade sem ir de encontro a uma pretensão quase que religiosa da propaganda.
Está entre a "psicologia reversa" e o personagem de Dudley Moore em Crazy People, um jovem publicitário que vai parar no hospício quando incita à sinceridade desmedida. No filme supracitado, a honestidade doentia leva o propagandista a criar, por exemplo, o seguinte slogan para passagens de avião: "Linhas Aéreas United: nossos aviões caem menos que o da concorrência".
Não falamos como "especialistas", apenas como consumidores, telespectadores veganos, carnívoros ou em período permanente de engorda. Depois de escândalos com carne podre na China em redes multinacionais de fast-food, grandes empresas e fornecedores teriam cautela, afinal, em se tratando de comida não esperaríamos tanto impacto comercial, somente confiança, verbo que permanecerá no futuro do pretérito. Temos mais olhos do que barriga.
Longe de entrar na questão litigiosa e em seus detalhes de milhões de reais, distante também das "regulamentações" à publicidade, falamos de uma propaganda que se deseja anfitriã para um jantar, talvez como respeitáveis restaurantes que nos convidam para visitar suas cozinhas. Vale até a antiga tática da vovó a avalizar quitutes em programas de culinária.
É estranhíssimo imaginarmo-nos comendo algo em função de uma celebridade, mas funciona. Não sabemos quanto rendeu o choque publicitário, é provável que seja suficiente para pagar multas, para aumentar o rebanho, o frigorífico, é o mercado. Duas sentenças pronunciadas de modo canastrão pelo cantor do iê-iê-iê dariam garantias de churrasco no fim de semana.
Enfim, continuamos como leigos. Cogitamos novos personagens aos comerciais de TV, Fred Flintstone gritando por um pedaço de brontossauro, Hannibal Lecter trocando de animais.
Uma jornalista norte-americana chamada Fraz Lebowitz não causaria tantos custos, quiçá alguns protestos de defensores dos animais. Numa célebre frase foi categórica:
- "Meu animal favorito: bife".

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Recital de piano, flauta e sax é atração deste sábado no Sobrado da Praça

Neste sábado (16/08) o Centro de Cultura Sobrado da Praça será palco do Recital de Piano, Flauta e Sax realizado por Estêvan de Oliveira, acadêmico do 6° Semestre do Curso de Composição Musical da Universidade Federal de Santa Maria. O espetáculo começa às 20h. O evento é aberto ao público.
Exiba Estêvan na Flauta.jpg na apresentação de slidesO pianista iniciou a sua vida musical aos 9 anos como solista do Coral da Escola Perpétuo Socorro. Desenvolveu seus estudos iniciais no Instituto Carlos Gomes, com a professora Floriana Brum, na Modalidade Piano, até os 13 anos de idade, quando passou a residir em Santa Maria. A decisão veio com a conquista do primeiro lugar na modalidade Piano, no concurso admissional para o Curso Extraordinário de Música da Universidade Federal de Santa Maria.
Já em Santa Maria obteve os seguintes destaques: 1° lugar no Vestibular 2011 para o curso de Música; 1° lugar em Teoria Musical no Vestibular 2011; Único aprovado no Vestibular 2012 para o Curso de Composição Musica.
Este ano atuou como “tenor” do Coro de Câmara da UFSM e participou da Orquestra Sinfônica Municipal de Santa Maria como Flautista. Entre as conquistas, foi eleito o Melhor Instrumentista do 1° Canto Circulista de São Gabriel. Atualmente atua como Monitor da Cadeira de Teoria e Percepção Musical do Curso de Composição da Universidade Federal de Santa Maria. 

Texto: Márcio Vaqueiro.

domingo, 17 de agosto de 2014

Sobre "Cazuza – Pro dia nascer feliz, o musical"

por Flávia L. Costa


INTENSO, esta é a característica mais ressaltada em Cazuza – Pro dia nascer feliz, o Musical, que estreou em São Paulo em 18 de julho. Emílio Dantas e Osmar Silveira se revezam no papel principal e dão vida ao personagem com maestria de maneira a nos deixar enganados muitas vezes pela semelhança como compõem seu personagem. 

Ele retrata a vida do cantor-poeta-compositor Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, falecido em 7 de julho de 1990, aos 32 anos, por um choque séptico causado pela Aids.  Em pouco mais de duas horas de espetáculo, dividido em dois atos, pinceladas dos fatos mais marcantes da vida do artista foram retratadas.  A obra de autoria de Aloísio de Abreu e direção de João Fonseca (Tim Maia - Vale Tudo, o Musical) é contada através das músicas do cantor em ordem cronológica, sem ser maçante. 

Os altos e baixos da curta, porém, rica trajetória da carreira de Cazuza também não foram omitidas, nem romanceadas. A estória é narrada pela mãe, Lucinha Araújo (representada por Susana Ribeiro) que inicia o primeiro ato conversando sobre o filho com o marido João Araújo (Marcelo Várzea). 

A origem do apelido famoso do cantor foi criado por seu pai, quando o filho ainda nem havia nascido. Há que falar-se que melhor apelido não haveria de ter, o cantor se enquadra perfeitamente na definição muito usada no nordeste, “moleque”. Cazuza, como ficou então conhecido, nunca deixou de ser um moleque, fazia o que lhe dava vontade; era filho único em uma família de classe média alta, “venerado” pela mãe que não conseguia por-lhe freios. Teve uma vida curta mas bem vivida.  

O espetáculo retrata desde a adolescência do cantor na década de 70 ao início da vida adulta, os conflitos comuns da idade, o uso de drogas, a relação de amor e ódio com sua mãe protetora, o curto período em que morou no exterior, o curso de fotografia, o grupo de teatro. Cazuza compôs músicas, escreveu poesias, foi um dos integrantes de uma das bandas mais famosas no país, o Barão Vermelho, teve uma vida amorosa agitada (sendo confessadamente bissexual), levava uma vida boêmia, fazia uso de drogas e álcool. 

Cazuza sempre se mostrou forte, decidido, não tinha pudores, medos. Esta ânsia de viver intensamente, acabou custando-lhe a existência. Compôs até o final, época onde produziu alguns de seus maiores sucessos e obteve maior reconhecimento. Lutou até o fim. Passadas mais de duas décadas de sua partida, suas idéias e legado permanecem atuais.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Documentário: Construção e queda do Muro de Berlim (compacto)


O muro que virou o símbolo da Guerra Fria a partir da década de 1960, fez parte da história do breve século XX. Aqui em ele ganhou uma versão por nós compactada, ótima para pensarmos em sala de aula e fora dela, entendendo um pouco de como se construiu essa barreira imponente e mortal. Assista em nosso blog!

Uma barreira que começou a ser construída a partir de 1961, que separava famílias nas duas partes de Berlim, a capitalista e a comunista, onde pessoas morreram tentando atravessá-lo, outras foram presas tentando e outras ainda nem imaginavam vê-lo cair um dia. 

O documentário foi exibido pelo canal History Channel com a duração de 90 minutos aproximadamente. Agora estamos disponibilizando aqui uma versão compacta de 39 minutos. O tempo menor foi pensado para que fosse possível sua utilização nas aulas, que giram em torno de 40 a 45 minutos, levando em conta ainda o tempo para preparação do material para a exibição aos alunos.
 
Assista no link abaixo:
 
 


José Antonio Fernandes

Mestre em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Atualmente professor da Rede Estadual de Santa Catarina.

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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Batman, o nosso monstro há 75 anos

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"Trabalhou" com Tim Burton, Neil Gaiman, Frank Miller, Christopher Nolan ou Alan Moore e é o super-herói mais filmado e mais analisado no divã. Dia 23 de Julho foi o Dia Batman.
 
O mais filmado de todos os super-heróis, best-seller nas lojas de comics e também o justiceiro mais analisado por psiquiatras e psicólogos. Há última quarta-feira foi o Dia Batman e há 75 anos nascia uma criança milionária, que sofreria um trauma universal e se transformaria num vigilante à margem da lei, superando-se e agarrando gerações pelo caminho. Do pós-guerra ao camp dos anos 1960, passando pela acidez dos anos 1980 que parece envolver para sempre a cidade fictícia de Gotham, o apelo de Batman é o do super-herói que não o é, do ser humano moral e imoralmente superlativo. Dia 23 de julho foi dia de festa, cantam as nossas torturadas almas, para o menino Batman, lá no cimo de prédios cinzentos, uma salva de balas?
Muitas encarnações, séries e linhas narrativas depois, Batman é celebrado nesta um pouco por todo o mundo, com várias bibliotecas, livrarias e lojas de comics a fazer a festa com uma reedição especial (e gratuita) do número 27 da Detective Comics de 30 de Março de 1939 – o livro em que aparece pela primeira vez o homem-morcego. 
Num ano em que há uma exposição-Batman nos estúdios Warner em Los Angeles, em que a série de TV dos anos 1960 vai estrear-se no home video, que o Batman de Tim Burton será reeditado no Outono e em que há novo game, o alter ego noturno do milionário Bruce Wayne é constantemente “um dos mais procurados” e “neste momento é o best-seller da loja”, atesta Vasco Lopes, livreiro da BD Mania que cresceu com Batman à cabeceira. Há mais de 15 anos a comercializar e distribuir banda-desenhada e material associado, a BD Mania tem no seu perfil de Facebook um Santo António com máscara negra na cara e um menino vestido de Robin ao colo. Há o deputado-Batman, o manifestante vestido de Batman para lutar pelos direitos do país, toda uma cultura popular embebida em morcegos e ideias de justiça ou falta dela. “Batman é um modo de vida”, resume Jim Lee, ilustrador e editor na empresa DC Comics.
Relógio parado em 1986
Nas últimas semanas, duas figuras centrais do universo Marvel (o outro gigante da edição de comics mundial) mudaram. Thor vai ser uma mulher, o Capitão América vai ser um negro. Há cinco anos, era a Batwoman que vivia a sua homossexualidade, há dois a Marvel celebrou o seu primeiro casamento gay, o Super-Homem já morreu inúmeras vezes e Bruce Wayne também…“Estas inflexões narrativas são um golpe duplo: tira-se o fôlego aos fãs com a mudança drástica e reconquistam-se os seus corações um ano depois devolvendo tudo à ‘normalidade’”, contextualiza João Lemos, ilustrador e autor de BD português que já colaborou com a Marvel. Apesar de, lembra, Batman também já ter tido outras vidas nos chamados universos alternativos da DC (do Japão medieval a uma Gotham vitoriana, exemplifica), o ilustrador considera: “À noite, todas as silhuetas icônicas são pardas mas, a longo prazo, a história requer elementos como a duplicidade de um semi diurno Bruce Wayne para se sustentar”. Ou seja, a essência do homem-morcego será menos permeável a estes mecanismos de diversificação e mercado das editoras. Mas uma dessas séries de histórias independentes mudou o morcego para sempre.
Recuemos no tempo. Batman nasceu em 1939 pelas mãos do ilustrador Bob Kane e do argumentista Bill Finger como uma encomenda da DC para que se juntasse mais um super-herói ao rol encabeçado naquela casa pelo muito bem-sucedido Super-Homem. No ano seguinte saía a primeira revista Batman, já com outras duas personagens que ajudaram a definir, como imagens no espelho, o cavaleiro das trevas – Coringa e Mulher-Gato. A primeira era de Batman foi escura, tortuosa. Nos anos 1950 e 60 tornou-se sorridente, quase paternal, além de irreprimivelmente camp na série televisiva protagonizada por Adam West. Depois veio a loucura do vigilante em busca de vingança e do storytelling mais rico e inovador, as tensões dos anos 1970 plasmadas em quadradinhos. E o relógio pára em 1986.
The Dark Knight Returns foi Frank Miller (Sin City, 300) a reescrever e redesenhar com Klaus Janson a história de Batman numa minissérie em que o herói estava mais velho (55 anos), Gotham cheia de crime e o Estado e Super-Homem em modo de perseguição ao homem-morcego saído da reforma. A Guerra Fria e o fosso da luta de classes era, tal como para outra importante série que despontava nesse ano na DC – a novela gráfica Os Guardiões, de Alan Moore e Dave Gibbons – o pano de fundo perfeito dentro e fora dos quadradinhos para uma visão densa da sociedade. Muitas outras histórias e momentos ajudaram a definir o morcego, mas “o que o Frank Miller fez é agora inseparável do ADN da personagem, que se tornou assim o contraponto lunar do solar Super-Homem”, postula João Lemos. E Vasco Lopes, rodeado de comics, heróis e vilões, não hesita em definir esta visão em quatro livros como a sua preferida. Leu-a aos 13 anos – “foi talvez a história mais adulta que li na altura” – e prendeu-o o facto de ser “um Batman mais velho, muito Clint Eastwood, que muda a nossa percepção do que é hoje” a personagem. “Batman torna-se mais ‘fascista’ com essa história, mais cruel, mais sádico.”

 Sendo teoricamente defensores do “bem”, de facto há traços conservadores e até reacionários neste tipo de comics e narrativas – o Estado, as autoridades, estão corruptos, podres, perderam a bússola moral. Batman, como outros super-heróis, é um ícone que pode representar o que a sociedade lhe fez, nos fez, e resvalar para o que os filósofos norte-americanos John Shelton Lawrence e Robert Jewett consideram ser o défice democrático dos heróis americanos. Citam o bélico Rambo mas também o Super-Homem e Batman como exemplos. “As figuras super-heróicas nunca são eleitas para cargos públicos, nunca se submetem às restrições da lei ou da constituição e nunca contribuem para a discussão que é a matéria da democracia. O comportamento do herói-macho é tipicamente fascista, apesar de todas as alegações de resgate da democracia”, lê-se em The Myth of the American Superhero.  
E tudo isto, da identificação à esperança num herói individualista, está na receita do sucesso de um herói criado antes do microchip e que agora convive com drones, nascido no início do domínio nazi e que passou a última década sob o espectro do terrorismo. O seu apelo “é o facto de não ser super, de ter falhas”, diz o livreiro, “podemos identificar-nos com ele quando somos miúdos. Por ser tão ‘normal’”. “O estatuto de playboy de Tony Stark [o milionário sob a armadura do Homem de Ferro] ou a tensão de uma vida dupla de Clark Kent ou Peter Parker [as identidades “civis” do Super-Homem e do Homem-Aranha] competem de igual para igual com Bruce Wayne”, opina por seu turno João Lemos, “contudo, o Batman tem o apelo de uma figura que é sombria e age pelo bem, um guilty pleasure que se vende como o melhor dos dois mundos. É como ser o Conde Drácula a noite toda e de manhã merecer receber a chave da cidade das mãos do mayor”.
Os quatro livros de The Dark Knight Returns – que com The Killing Joke, de Alan Moore, está entre as mais elogiadas séries de sempre dos comics – foram também uma das bases para o primeiro Batman (1989) de Tim Burton no cinema – um fenómeno em si porque, como escreveu o editor Peter Bart na Variety juntando-se a vários historiadores de cinema na opinião de que este filme marca o nascimento do conceito do franchise dos filmes de super-heróis que na última década dominou o mercado. E Batman é a personagem super-heróica mais bem sucedida em Hollywood, com sete filmes só seus que renderam 3,7 mil milhões de dólares – entre as sequelas menos felizes pós-Burton e a trilogia de Christopher Nolan que deu talvez ao mundo um agente do caos definitivo com Heath Ledger na pele de Joker. Na calha para o Verão de 2016 está, claro, mais um bat-filme. Zack Snyder (realizador de Os Guardiões, 300 e de Homem-de-Aço) foi buscar Ben Affleck para vestir o novo bat-suit em Batman v Superman: Dawn of Justice e a Internet e o Twitter quase se estragaram com a reacção dos fãs. Batman ainda mexe, ainda e sempre.
Sem heróis e com bullies
É que “o mundo não tem heróis”, “ninguém que inspire verdadeiramente a esperança”, considera Danny DeVito, que continua a ser o vilão Pinguim cinematográfico desde Batman Returns (1992). Batman representa “a fé” no ser humano, disse o ator na apresentação da exposição em Los Angeles. A humanidade do morcego é a chave porque “Batman é o super-herói sem superpoderes, é a sua personalidade que o define”, ajuda Travis Langley, psicólogo norte-americano e autor de Batman and Psychology: A Dark and Stormy Knight. É ele que assinala na revista Psychology Today que os seus colegas se dedicam mais ao vigilante de Gotham do que a qualquer outro super ser dos livros de BD – e é também o único a ver um hospital psiquiátrico, o Arkham Asylum, dedicar-se a albergar as suas nêmesis.
Bob Kane contou que decidiu com Bill Finger que a história de origem do homem-morcego só podia ser a do assalto que cria um órfão – “percebemos que nada há de mais traumático do que ter os pais assassinados perante os nossos olhos”, lê-se no livro da DC Batman: The complete history (1999). “A orfandade é um trunfo poderoso – tal como os fãs de Harry Potter podem experienciar, o órfão, por um lado, é incrivelmente livre na sua relação com o mundo (o que é valioso num mundo de fantasia) e, por outro, tem o espírito dos pais e da respectiva perda omnipresente no seu percurso (o que é terrivelmente romântico)”, lembra João Lemos.

Este é um herói romântico ou gótico que surge nas trevas de uma cidade podre e na esteira do sucesso do Hércules aos quadradinhos – o Super-Homem que ganha poder com o nosso sol em contraste com “lendas mortais como Robin Hood e heróis pulp como Zorro ou o Sombra, homens extraordinários mas, ainda assim, homens”, defende Langley. Mortais. “Por que é que as crianças não temem este herói vestido como um monstro?”, pergunta-se o psicólogo. “Porque é o monstro deles. O nosso.” É o rapazinho que cresce e se fortalece e que quer virar o feitiço contra o feiticeiro. “Ele é a parte de nós que quer assustar e fazer desaparecer os bullies da vida.”

 
 
 
 

Imagens retidas através de pesquisa no Google

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Power Rangers | Novo filme não será um reboot

Longa levará em conta história da franquia, garante produtor

Natália Bridi/Omelete

powerEm entrevista ao IGN, o produtor/roteirista Roberto Orci explicou que o novo filme de Power Rangers  não será um simples reboot e levará em conta a história da série de TV.
"[O filme] continuará dentro do mundo [da franquia]. Eu não posso contar como, mas tem uma continuidade", explicou Orci.
O produtor, que desenvolve a trama com os roteiristas Ashley MillerZack Stentz (dupla de X-Men: Primeira Classe), conta que Haim Saban, o criador da franquia, preparou um estudo de 600 páginas sobre a série: "Lemos a sinopse de tudo o que eles fizeram e estamos levando em conta boa parte do cânone. Não somos apenas um reboot que deixa tudo para trás. Saban se preocupa muito com isso. É algo que ele criou. Precisei ir até a casa dele e dizer 'sou o seu cara. Miller e Stenz são os seus caras. Eu prometo que não vamos arruinar a sua franquia. E ele disse, 'É muito importante para mim pois as crianças ao redor do mundo sabem o que são os Power Rangers. Então você não pode vir aqui e passar por cima de tudo. É melhor que seja consistente com o que tenho feito'. E eu disse, 'Sim, senhor!'".
Ainda segundo Orci, o filme poderá contar com a participação especial de antigos rostos da série.
O longa está sendo desenvolvido pela Lionsgate. O novo filme sobre os personagens criados por Haim Saban mostrará uma nova visão para a mitologia dos Rangers, que se estende em mais de 20 anos entre séries, filmes, games, etc. O mais famoso dos filmes é Power Rangers - O Filme, lançado no Brasil em 1995. Para relembrar, confira o trailer dele abaixo:

Ainda não há data de lançamento anunciada para o novo longa dos Power Rangers.

Quer saber mais sobre a série, reservamos mais informações para vocês!

Power Rangers é uma franquia de séries de televisão infanto-juvenil norte-americana. Foi criada em 1993 pela Saban Entertainment, que vendeu a franquia em 2002 para a BVS Entertainment em parceria com a Walt Disney Company, recuperando sua posse em 2010, após sete anos. Atualmente, após a recompra dos direitos, as séries são produzidas pela Saban Brands, LCC e pela SCG Power Rangers, LLC. A franquia está no ar até hoje adaptando as séries japonesas dos Super Sentais para o mercado norte-americano. Power Rangers já foi exibido desde seu início pela Fox Kids, Rede Globo, Jetix, Band e Disney XD. 

História da franquia

Surgimento

Haim Saban, nascido em Alexandria, Egito, empresário e compositor de diversos temas de séries e desenhos animados de muito sucesso nos EUA e na França, é o responsável pelo advento da franquia. Na década de 1980, Saban já tinha levado a série Super Sentai Choudenshi Bioman para a França, obtendo muito sucesso. Logo depois, o empresário tentou levar Bioman para a TV americana, mas não houve interesse por parte dos produtores. Já na década de 1990, Saban fundou seu próprio estúdio e adquiriu com a produtora Toei os direitos do Sentai Kyoryu Sentai Zyuranger (1992 - 1993) para os EUA, aproveitando o tema de dinossauros da série, em voga na época devido ao filme Jurassic Park. O elenco que personificava os heróis em roupas civis foi trocado por atores norte-americanos e o seriado, rebatizado para Mighty Morphin Power Rangers. Além disso, os próprios episódios foram reescritos para dar à série um tom maior de comédia. "Reescritos" não é bem a palavra: os roteiros foram praticamente escritos do zero, aproveitando do original apenas algumas cenas de luta. Saban argumentou que o mercado americano não aceitaria uma série com um elenco todo de japoneses, assim como a narrativa da série original.

1993-2002: Mudança de formato na primeira adaptação

Saban também pareceu não se importar com as diferenças de qualidade entre a filmagem original (em película) e a norte-americana (cinescopada, ou seja, vídeo com textura modificada), assim como com o fato de a Ranger Amarela (Trini Kwan, interpretada no piloto da série por Audrey Dubois2 e substituída na série pela atriz Thuy Trang, falecida em 2001) ser um homem na série japonesa (Boy, interpretado por Takumi Hashimoto, conhecido entre os brasileiros como o garoto Manabu de Jiraiya). O problema se repetiu em todas as séries entre Power Rangers na Galáxia Perdida (1999) e Power Rangers: Força Animal (2002).

1994: Adaptações de outros gêneros

O sucesso de Power Rangers inspirou a companhia a comprar outros seriados nipônicos e adaptá-los da mesma forma, originando VR Troopers, Masked Rider, Big Bad Beetleborgs e Os Cavaleiros Míticos de Tir Na Nog (esta, utilizando material 100% ocidental), com diferentes níveis de sucesso. Uma produtora rival, a DIC Audiovisual, conhecida no Brasil pelos desenhos O Máskara, Pole-Position e Capitão Planeta (além de ter sido responsável pela adaptação e exibição das duas primeiras temporadas de Sailor Moon nos EUA), tentou o mesmo caminho ao adaptar o seriado Denkou Choujin (Super-Homem Elétrico/Eletrônico) Gridman, da Tsuburaya Productions, a mesma produtora de "Ultraman", renomeando-o Superhuman Samurai Syber Squad. Gridman era uma auto-homenagem da Tsuburaya às séries Ultra, levando o conceito de lutas de heróis gigantes para o mundo dos computadores, onde o herói combatia vírus eletrônicos com a forma de monstros. Apesar de se manter mais fiel aos episódios originais que as séries da Saban, a DIC não teve sucesso com sua produção.

1995, 1997, ano a confirmar: Power Rangers nos cinemas

O sucesso de Power Rangers incentivou a 20th Century Fox trazer a série de TV para os cinemas. Em 1995, foi feito o primeiro filme sob a direção de Bryan Spicer, filmado em Sydney na Austrália, a produção criou uma história, adereços e pacotes gráficos, totalmente diferentes das primeiras temporadas, além da presença de personagens exclusivos e trilha sonora para o filme, incluindo o tema de abertura na voz de Eric Martin. O filme foi lançado em 30 de Junho de 1995 nos Estados Unidos, e em 2 de Setembro de 1995 no Brasil, e arrecadou mais de 66 milhões de dólares em todo o mundo.
O segundo filme é diferente do primeiro, tendo uma relação mais direta com a série, servindo de pontapé inicial para Power Rangers: Turbo. Dois ex-rangers participaram deste filme, no qual, arrecadou mais de 9 milhões de dólares.
O terceiro longa foi anunciado pela Saban Brands e Lionsgate. As duas empresas garantem que o longa será um grande sucesso, ainda não tem menção de outros detalhes como elenco, história, etc.
  
1996-2001: Reformulações da série

Em 1996, com Power Rangers: Zeo, os uniformes dos Zyurangers foram trocados após três temporadas (desta vez utilizando uniformes e filmagem da série Super Sentai do ano anterior, Chouriki Sentai Ohranger) e o tema passou a variar—todo ano uma nova série Ranger surgia, ligada aos eventos dos anos anteriores.
Na temporada de 1999, o arco que vinha desde a primeira temporada foi parcialmente abandonado, e cada temporada passou a ter um roteiro e um elenco independentes, seguindo o modelo japonês — embora se situando no mesmo "universo", permitindo, assim, que os heróis dos seriados anteriores apareçam para "dar uma força" aos novos, ainda que isso aconteça poucas vezes.
 
2001-2010: O fim da Saban Enterteinment e venda para a Disney

Em 2001, a Saban Entertainment (parte integrante da Fox Family Worldwide) enfrentava as crises financeiras durante o período de exibição de Power Rangers: Força do Tempo. Com isso, os direitos de todos os acervos da Fox Family Worldwide foram vendidos para Walt Disney Company.
Em 2002, a partir de Power Rangers: Tempestade Ninja, as filmagens foram feitas na Nova Zelândia, pelo menos, até o fim de Power Rangers: Super Megaforce em 2014. A Fox Kids, que exibia a série desde a primeira temporada, se converteu para Jetix nesta mesma época.
Durante a posse da Disney sobre os direitos da franquia e a produção de novos episódios por parte da empresa, muitas temporadas já foram consideradas infantilizadas pelos fãs, o que causou uma queda na aceitação do público e na popularidade da série conforme as novas temporadas foram sendo produzidas. Para tentar alavancar a audiência, em fevereiro de 2007 foi anunciada a versão animada da série, projetada pelo músico Ron Wasserman, intitulada Power Rangers: Super Legends. Entretanto, a animação fora cancelada, e o nome atribuído a um jogo de ação em comemoração ao aniversário de 15 anos de Power Rangers.
Em 2009, estreava a 17ª temporada, Power Rangers: RPM, adaptação de Engine Sentai Go-Onger. Com o fim da Jetix e o início da Disney XD, todas as temporadas deixaram de ser exibidas, e a nova temporada de Power Rangers foi transmitida nos Estados Unidos pela ABC, no bloco ABC Kids. Enquanto a nova temporada estreava nos EUA, no Brasil, a temporada anterior (Power Rangers: Jungle Fury) ainda era exibida pela Jetix, e Power Rangers: RPM estreou no ano seguinte na Disney XD.
Em meio ao declínio pelo qual a franquia passava, a Disney anunciou que Power Rangers: RPM seria a última a ser produzida, e que em no ano seguinte, ao invés de uma nova adaptação ser feita, estrearia uma versão remasterizada de Mighty Morphin Power Rangers. Por sua vez, a remasterização foi severamente criticada pelos fãs, e após ter estreado em 2010 na ABC americana apenas 32 episódios, a produção foi cancelada. No Brasil, a temporada não estreou em nenhuma emissora de TV, mas se encontra no catálogo do serviço digital Netflix.

2010-atualmente: A volta de Saban, novas temporadas e parceria com a Nickelodeon

Em 12 de Maio de 2010, Haim Saban readquiriu os direitos da série e fez uma adaptação de Samurai Sentai Shinkenger denominada Power Rangers: Samurai, que resgatava o tema da primeira temporada (Mighty Morphin Power Rangers, o famoso "Go Go Power Rangers"). Nos Estados Unidos a série começou a ser transmitida pelo canal fechado Nickelodeon em 7 de Fevereiro de 2011. A nova temporada Power Rangers Megaforce que estreou em 02 de Fevereiro de 2013, no início do projeto, foi anunciado pela Saban Brands para vários utensílios e mídias. Mas depois de muitas especulações, o título foi pegado para a nova série servindo como o 20º Aniversário da franquia. A série usa adereços e imagens, já que os termos "Warstar", "Tensou" e "Gosei" foram mencionados, isso explica que estava confirmada a adaptação do Tensou Sentai Goseiger. A série conta com "o retorno dos Rangers históricos", mas foi exibido todos os 193 rangers, que incluiria os sentais pré-Zyuranger, na qual foi mostrada na 3ª edição do Power Morphicon nos EUA, como também no primeiro episódio no sonho de Troy - Ranger Vermelho (Andrew Gray). Na Comic-Con de 2012, era anunciado a segunda temporada que seria a adptação de Kaizoku Sentai Gokaiger, e titulou para Power Rangers: Super Megaforce. De acordo com a firma de contrato com a Nick, a franquia Power Rangers alongaria até 2016.
Ainda em clima de estreia de Power Rangers: Super Megaforce, foi anunciado com antecedência, a série Power Rangers: Dino Charge para 2015. Com o fim das filmagens da recente temporada, foi cessada na Nova Zelândia e à partir disso, a produção escolheu África do Sul para fazer as filmagens da 22ª temporada, que começam em 20 de agosto de 2014.

Rangers Principais

Dentro de um time de Power Rangers, sempre há um que se destaca como o protagonista da temporada. A maioria são rangers vermelhos e, em geral são os líderes de suas respectivas equipes.
 
  • Mighty Morphin Power Rangers (2a Temporada) - Jason Lee Scott (Mighty Morphin Ranger Vermelho) Thomas "Tommy" Oliver (Mighty Morphin Ranger Branco)
 
  • Power Rangers: Zeo - Thomas (Tommy) Oliver (Zeo Ranger 5 Vermelho) Jason Lee Scott (Ranger dourado)
  • Power Rangers: Turbo - Tommy Oliver ( Ranger Turbo Vermelho) Theodore Johnson (T.J) (2º Ranger Turbo Vermelho)
  • Power Rangers: Time Force - Wesley "Wes" Collins (ranger força do tempo vermelho) Jennifer "Jen" Scotts (Ranger Força do Tempo Rosa)
 

 Vilões Principais

Dentro de um grupo de vilões em cada Temporada de Power Rangers, sempre há um deles que se destaca por ser a principal ameaça para os heróis. Na maioria das vezes é o líder do grupo.
 
 

 Informações Wikipidia e imagens diversas do Google