quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Roberto Carlos e o processo contra a Friboi

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Roberto Carlos e o processo contra a Friboi: propaganda, litígio e publicidade para leigos.

Roberto Carlos e o processo contra a Friboi
Roberto Carlos seria um dinossauro herbívoro e a agência publicitária - na falta de um Tiranossauro Rex com tamanha popularidade - preferiu fazer uma campanha de dissuasão. Sugerir a anônimos que a conversão de um "vegetariano" famoso daria familiaridade sem ir de encontro a uma pretensão quase que religiosa da propaganda.
Está entre a "psicologia reversa" e o personagem de Dudley Moore em Crazy People, um jovem publicitário que vai parar no hospício quando incita à sinceridade desmedida. No filme supracitado, a honestidade doentia leva o propagandista a criar, por exemplo, o seguinte slogan para passagens de avião: "Linhas Aéreas United: nossos aviões caem menos que o da concorrência".
Não falamos como "especialistas", apenas como consumidores, telespectadores veganos, carnívoros ou em período permanente de engorda. Depois de escândalos com carne podre na China em redes multinacionais de fast-food, grandes empresas e fornecedores teriam cautela, afinal, em se tratando de comida não esperaríamos tanto impacto comercial, somente confiança, verbo que permanecerá no futuro do pretérito. Temos mais olhos do que barriga.
Longe de entrar na questão litigiosa e em seus detalhes de milhões de reais, distante também das "regulamentações" à publicidade, falamos de uma propaganda que se deseja anfitriã para um jantar, talvez como respeitáveis restaurantes que nos convidam para visitar suas cozinhas. Vale até a antiga tática da vovó a avalizar quitutes em programas de culinária.
É estranhíssimo imaginarmo-nos comendo algo em função de uma celebridade, mas funciona. Não sabemos quanto rendeu o choque publicitário, é provável que seja suficiente para pagar multas, para aumentar o rebanho, o frigorífico, é o mercado. Duas sentenças pronunciadas de modo canastrão pelo cantor do iê-iê-iê dariam garantias de churrasco no fim de semana.
Enfim, continuamos como leigos. Cogitamos novos personagens aos comerciais de TV, Fred Flintstone gritando por um pedaço de brontossauro, Hannibal Lecter trocando de animais.
Uma jornalista norte-americana chamada Fraz Lebowitz não causaria tantos custos, quiçá alguns protestos de defensores dos animais. Numa célebre frase foi categórica:
- "Meu animal favorito: bife".

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